«Diário de uma República» é uma residência artística que mexe com a fotografia e com o território. O projeto, uma iniciativa a 10 anos, será desenvolvido com a companhia de Teatro Amarelo Silvestre, de Canas de Senhorim.
A base será cruzar teatro com fotografia, para perceber - e evidenciar - o que está a surgir em contraste com o que vai desaparecendo na paisagem física, natural, humana e simbólica.
A cada dois anos, os curadores escolherão um tema e serão convidados fotógrafos para recolher imagens e trabalhar com uma equipa de atores em residências, de forma a transpor esse material para uma linguagem de palco em criações inéditas que terão periodicidade bienal. Pretende-se que os fotógrafos também trabalhem com alguns alunos do curso profissional de multimédia da Escola Secundária de Loulé, que terão direito a uma bolsa específica para integrarem no projeto.
O projeto abordará ainda as mudanças ambientais devido às alterações climáticas, e a recolha dará origem a espetáculos, exposições, edições, conversas e materclasses.
Dois louletanos destacados na área da fotografia, Vasco Célio e Luís da Cruz, farão a curadoria dos congéneres, portugueses ou estrangeiros, que trarão um olhar externo.
A primeira edição de «Diário de uma República» sairá em junho de 2021. Antes do final deste ano, haverá trabalho, embora as escolhas dos nomes ainda estejam em aberto.